Não há nada pior do que um tipo que tenha a mania que, para além de um grande garanhão, é um ser abençoado pelos deuses com o dom do sexo. Estes espécimes gabam-se de quantas comeram, de quantas rejeitaram, até mesmo de quantas vezes fizeram o esforço para dar aquela quequinha de piedade.
Pelo que eu me tenho apercebido, estes senhores são, na maior parte das vezes inseguros, não sei se fazem tudo isto por uma questão de status entre o mundo do machedo, mas a verdade é que no final de contas estes desgraçados de prazer não nos conseguem dar nada, apenas uma bela história para contas às amigas, numa noite daquelas que só nós sabemos.
Será que estes senhores não fazem ideia de como funciona um corpo feminino? Quem é que lhes disse que uma boa foda tem que durar pelo menos 50 minutos?! Não há nada pior para uma mulher do que ter alguém a pensar que está a correr a meia maratona, que se mexe como se estivesse a ter um ataque epiléptico e que no fim de tudo ainda nos tenha a lata de dizer: “Diz lá que eu não sou fantástico!?”
Se foi bom?! Bem, durante aquele tempo todo conseguimos resolver mil e um problemas, decidimos que sapatos combinam bem com aqueles vestido fantástico que vamos levar ao jantar de logo à noite; conseguimos pensar em todas aquelas tarefas domésticas que deixamos pendentes, conseguimos até reparar que já está na hora de voltar a pintar as paredes da sala.
A verdade é que muitas vezes quando nos perguntam se “foi bom” acabamos por morder os lábios e dizer que sim, se calhar se em vez de pensar em tudo o que temos que fazer disséssemos algo como “ Amigo, em vez de quereres imitar um desgraçado com Parkinson e te acalmasses um bocadinho as coisas teriam corrido melhor” o macho teria percebido que a sua prestação não é exactamente aquilo que ele pensa dela.
Pronto, ponho a mão no peito e digo “Mea culpa”, porque se nós mulheres tivéssemos tido a coragem para assumir o sexo como algo de prazeiroso (em vez de uma parte obrigatória de uma relação/namoro/casamento) teriamos acabado com muitos dos mitos urbanos relativamente ao que é considerado como uma boa “queca”.
Portanto minhas amigas, proponho que façamos algo por nós, vamos acabar com os mitos urbanos, se não estão a gostar da prestação do macho digam-lhe, ensinem o que gostam e o que não gostam, até porque no final de tudo quem vai lucrar somos nós!
